segunda-feira

SEMANA DE TIMOR-LESTE: 08 A 14 DE SETEMBRO





NÃO MAIS SOB A ÁRVORE DE BÔ - JORGE LAUTÉN (Timor-Leste)

Não mais a pureza de
Ramahya
o incenso e o sândalo
os pés nus nas pedras do
templo
enquanto eles comerem na
minha mesa
na velha casa de Dili
não mais me sentarei sob a
árvore de Bô

POEMA ANCESTRAL - CRISÓDIO T. ARAÚJO (Timor-Leste)

Lembra os dias antigos
Em que cantavas a pureza
Na nudez dos teus passos e gestos
Ou dançavas na inocente vaidade
Ao som dos «babadok».

Relembra as trevas da tua inquietação
E o silêncio das tuas expectativas,
As chuvas, as memórias heróicas,
Os milagres telúricos,
Os fantasmas e os temores.

Tenta lembrar a herança milenar dos teus avós
Traduzida em sabedoria
E verdade de todos.
Recorda a festa das colheitas,
A harmonia dos teus Ritos,
A lição antiga da liberdade,
Filha da natureza.

Recorda a tua fé guerreira,
A lealdade,
E a ternura do teu lar sem limites,
Nos caminhos do inesperado
Ou no improviso da partilha definitiva.
Lembra pela última vez
Que a história da tua ancestralidade
É a história da tua Terra Mãe...

REGRESSO ETERNO - RUY CINATTI (Timor-Leste)

Altos silêncios da noite e os olhos perdidos,
Submersos na escuridão das árvores
Como na alma o rumor de um regato,
Insistente e melódico,
Serpeando entre pedras o fulgor de uma idéia,
Quase emoção;
E folhas que caem e distraem
O sentido interior
Na natureza calma e definida
Pela vivência dum corpo em cuja essência
A terra inteira vibra
E a noite de estrelas premedita.

A noite! Se fosse noite. . .
Mas os meus passos soam e não param,
Mesmo parados pelo pensamento,
Pelo terror que não acaba e perverte os sentido
A esquina do acaso;
Outros mundos se somem,
Outros no ar luzes refletem sem origem.
É por eles que os meus passos não param.
E é por eles que o mistério se incendeia.

Tudo é tangível, luminoso e vago
Na orla que se afasta e a ilha dobra
Em balas de precário sonho...
Tudo é possível porque à vida dura
E a noite se desfaz
Em altos silêncios puros.
Mas nada impede o renascer da imagem,
A infância perdida, reavida,
Nuns olhos vagabundos debruçados,
Junto a um regato que sem cessar murmura.

SEMANA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - 01 A 07 DE SETEMBRO



PROGRAMA:

01 a 07 de Setembro
Exposição Colectiva de Artes Visuais com Anselmo Amado (escultura), Eduardo Malé (pintura), Estanislau Neto (pintura), Ismael Sequeira (pintura) e José A. Chambel (fotografia)

Abertura: Segunda-Feira, 01 de Setembro às 19h; Terça ,Quarta-Feira e Domingo das 15h às 20h; Quinta, Sexta-Feira e Sábado das 15h ás 24h

04, 05 e 06 de Setembro (Quinta, Sexta e Sábado)
20h /23h 30m - Jantares Tradicionais Santomenses
22h 30m - Concertos

EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS


ANSELMO AMADO (Escultura)



Nasceu em 1964. É membro da Associação dos Artistas Plásticos São-Tomenses. Em S. Tomé foi professor primário durante 15 anos.
Em Portugal, onde está radicado há mais de uma década, frequentou o Curso de História de Arte no ARCO (Lisboa, Portugal), em 1995/96.
Escultor, trabalha principalmente a madeira, embora tenha igualmente diversas obras em pedra. Insere-se numa tipologia de Arte Contemporânea, inspirado fortemente pelo imaginário popular africano e Santomense.
Exposições Colectivas: Centro de Documentação Técnica e Científica, S. Tomé e Príncipe, 1991); Expo 92, Sevilha, Espanha (1992); Brazzaville, Congo (1994); Comemorações da Independência de S. Tomé e Príncipe, Centro Cultural Português, S. Tomé e Príncipe (1994); "Artistas dos Países Lusófonos", Rio de Janeiro, Brasil (1995); Pavilhão de S. Tomé e Príncipe, Expo 98, Lisboa;
Exposições individuais: Hotel Miramar, S. Tomé e Príncipe (1993 1994); Sede da UCCLA, Lisboa, Portugal (1994);
Está representado nas colecções permanentes do Centro Cultural Português, da UNEAS - União Nacional dos Escritores e Artistas santomenses do Museu Nacional, em S. Tomé e Príncipe; no Museu de Arte do Rio de Janeiro, no Brasil, e da Câmara Municipal de Lisboa.

EDUARDO MALÉ (Pintura)



Nasceu em 1973. Concluiu os cursos de Design de Equipamento (Escola Secundária de Artes António Arroio, Lisboa, 2000), Artes Plásticas (Escola Superior de Arte e Design, nas Caldas da Rainha, 2006), Formação Artística (SNBA, Lisboa, 1998). Participou também em seminários e oficinas em vários países.
Tanto em São Tomé e Príncipe como em Portugal - onde vive e trabalha desde o final da década de 90, leccionou em diversas escolas básicas e secundária, nas áreas de expressão plástica e de educação visual e tecnológica. Entre 1999 e 2000, esteve ligado á extensão portuguesa do projecto MUS-E, da Fundação Yehudi Menuhin.
Tem trabalhado em projectos diversificados nas áreas da e das artes visuais e da animação cultural e juvenil, da educação pela arte á realização de spots televisivos, passando pela ilustração de livros e pela criação de cenários, entre outros.
Exposições individuais (destaques): - Casa da Cultura de Paço d' Arcos (2007); Café e Companhia, S.T omé e Príncipe. (2005); Casa da Morna, Lisboa. (2004);
Galeria Atrium, Coimbra. (2004); Centro Cultural Português, S. Tomé e Príncipe.
( 2002); Centro Nacional de Cultura e Café Chiado, Lisboa. (2002) Pavilhões de STP e da CPLP na Expo 98, Lisboa. (1998)
Prémios e Representações (destaques):
1º Prémio no Concurso de Pintura da Câmara Municipal da Batalha. 1998 -
Centro Cultural Português ( São Tomé e Príncipe.) Centro Nacional de Cultura, Lisboa; TAP Air Portugal, São Tomé e Príncipe; Teia D’Arte, Galeria, São Tomé e Príncipe; Sociedade Portuguesa de Investimentos – SPI, São Tomé e Príncipe.

ESTANISLAU NETO (Pintura)



Nasceu em 1970. Pintor, autodidacta, fez alguns workshops de pintura em S. Tomé. Foi membro fundador da AAPLAS (Associação dos Artistas Plásticos santomenses em Portugal, onde vive e trabalha desde há vários anos, frequentou o curso de " Decoração e Arquitectura de Interiores ", curso tecnológico do IATA - Instituto de Aperfeiçoamento Técnico Acelerado em Lisboa. 2002/03. Insere-se numa tipologia de arte contemporânea.
Exposições colectivas (destaques): Pintura e Escultura de S. Tomé e Príncipe, Museu da República e da Resistência, Lisboa (2001); Arte Africana " 25 de Maio", I.P.J. - Instituto Português da Juventude, Lisboa (2001); XXI Expo-Feira do Livro, Viana do Castelo (2001); Encontro Anual de Artes Plásticas, Galeria Municipal, Sintra, Portugal (2000); 1 de Dezembro, Centro Cultural Português, (S. Tomé e Príncipe); Arte Santomense, França (1998); Reencontro 98, Centro Cultural Português, S. Tomé e Príncipe (1998); Pavilhão de São Tomé e Príncipe, Expo 98, Lisboa (1998); Expo Cannes 97 Cannes França 1997; IV e V Bienal de Arte Contemporânea Bantú, CICIBA, Brazaville, Congo (1991 e 1994); Centenário do nascimento de Sun Canarin, patrono das artes santomenses S. Tomé e Princípe1993 Centro de Documentação Técnica e Científica 1992.
Exposições individuais (destaques): Palácio dos Congressos - S. Tomé e Príncipe (1993); Residencial Avenida 1993. Está representado em colecções privadas em vários países, e ainda nos acervos do Centro Cultural Português, da delegação Sede do PNUD (Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento) e do Museu Nacional, em S. Tomé e Príncipe.

ISMAEL SEQUEIRA (Pintura)



Nasceu em 1969 na cidade de São Tomé. Começou a pintar desde muito novo, tendo participado numa exposição comemorativa do aniversário da independência do país, com 13 anos apenas Em 1982 conheceu Protásio Pina e Cesaltino da Fonseca, expoentes máximos das artes plásticas em São Tomé e Príncipe na época, que dirigiam o sector de produção de cerâmica na olaria de Almerim, onde aprendeu a trabalhar barro e cerâmica. Influenciado por Protásio, começou a pintar a óleo. Mais tarde, trabalhou com mestres coreanos em pintura de cenários e montagem de quadros humanos para espectáculos e jogos de ar livre.
Em 1996 participa pela primeira vez numa exposição for a do país È nesse ano também que colabora na criação da futura União de Artistas Plásticos Santomenses e mais tarde, descontente com a orientação da UNEAS, impulsiona a formação da Asso Associação dos Artistas Plásticos Santomenses (APPLAS), com Luis Pina e José Mendonça (Zémé).
Colaborou em diversos projectos culturais, em parceria com várias organizações em São Tomé (nomeadamente o CIAC). Vive e trabalha em Portugal desde 1991. Completou o Curso Experimental de Artes Plásticas na Escola Secundária António Arroio e o Curso de Artes Plásticas /Escultura. Actualmente trabalha em artes plásticas, investigação em museologia e desenvolvimento de produtos multimédia.
Exposições individuais (destaques): Centro Cultural Português; São Tomé (1989 e 1990); Sala Francisco Tenreiro, São Tomé (1990). A primeira destas exposições assinala igualmente o início de uma opção de programação do CCP centrada na promoção da pintura e da escultura que viria a ser fundamental para a formação de um novo público e de uma maior atenção para as artes plásticas em São Tomé e Príncipe.
Exposições Colectivas (destaques): III Bienal de Arte Contemporânea Bantu
Prémios: 3º lugar de desenho e cartaz sobre "o meio ambiente e os animais em vias de extinção", Centro Cultural Português, São Tomé, 1988; Prémio de Promoção, III Bienal de Arte Contemporânea Bantu (1989).

JOSÉ A. CHAMBEL (Fotografia)



José Chambel nasceu em 1969 em S. Tomé e Príncipe.
Expõe regularmente desde 1993, tendo participado em diversas exposições colectivas, quer em Portugal quer no estrangeiro. Expôs também individualmente, sendo que o seu projecto mais conhecido, "Págá Dêvê", passou a integrar a Colecção Nacional de Fotografia.
No campo editorial conta com duas publicações:
"Arqueologia Industrial" (1998) e "Pága Dêvê" (2000).

A Ilha do Príncipe parece ter uma ressonância poética, ao mesmo tempo evocando uma terra distante quase mística. Santo António é a capital da ilha que se situa no Golfo da Guiné, em plena zona do equador, orientada a nor-nordeste de S. Tomé, a ilha principal do Arquipélago. Foi durante muito tempo um entreposto de trocas comerciais e sociais do Golfo da Guiné, a cargo das potências colonizadoras europeias. De 1753 a 1852, devido a instabilidades internas e à ocupação de S. Tomé pelos holandeses, Santo António passou a capital do arquipélago, tornando-se uma cidade desejada, centro de comércio, de diplomacia e de saber que marcou a sua morfologia urbana, a tipologia dos seus edifícios e o modo de vida dos seus habitantes. Hoje, exibe uma muito antiga herança cultural, visível tanto nos rostos como no belo património arquitectónico em estado de degradação avançada e que a vegetação reclama.

N.b: As fotos expostas integram o projecto "CAPITAL, Santo António do Príncipe”.

SEMANA DE PORTUGAL - 25 A 31 DE AGOSTO



PROGRAMA

25 a 31 de Agosto

Exposição Colectiva de Desenho e Colagens - Leonor Serpa Branco, Andreia Rechena e Manuel Passinhas da Palma (originais de ilustrações para o álbum "Contos Populares de Évora, Idanha-a-Nova e Mértola")
Em colaboração com as Câmaras Municipais de Évora, Idanha-a-Nova e Mértola

Segunda a Quarta-Feira, e Domingo, das 15h ás 20h; Quinta-Feira a Sábado das 15h ás 24h.

29 de Agosto
20h /23h 30m - Jantar Tradicional Alentejano
22h - Música - Grupo "Modas à Margem do Tempo" apresenta o espectáculo "Cantes do Meu do Cante"

30 de Agosto
20h /23h 30m - Jantar Tradicional Alentejano
22h - Cante - Grupo Coral e Etnográfico "Os Almocreves"

Os jantares tradicionais são inspirados, com a devida vénia, na obra "Com Poejos e Outras Ervas", de A.M.Galopim de Carvalho. A presença dos grupos "Intervenções em Volta do Cante" e "Os Almocreves" é feita graças ao apoio e á disponibilidade da Câmara Municipal de Évora.

Exposição de Desenho e Colagem




As ilustrações que integram esta exposição são os originais criados expressamente para o álbum "Antologia de Contos Populares - Évora, Idanha-a-Nova e Mértola", editado no âmbito do projecto "Três Culturas", realizado em parceria pelas autarquias desses três concelhos da Beira Interior e do Alentejo nos anos de 2005 e 2006.

LEONOR SERPA BRANCO - Ilustração dos Contos Populares de Évora


Nasceu em Lisboa em 1961. É licenciada em pintura pela ESBAL.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS:
1988 - Pintura e Colagem (Galeria Teoartis, Évora). 1992 - Na Luz dos Dias (Galeria Évora Arte, Évora). Fragmentos do Quotidiano (Galeria Municipal de Montemor-o-Novo). 1994 - Pintura e Desenho (Espaço Veredas, Sintra). 1995 - Memórias (Galeria Évora Arte, Évora). 1998 - Ecos do Silêncio I (Galeria Municipal de Albufeira). 199 - Ecos do Silêncio II (Galeria Évora Arte, Évora). 2002 - Ecos de Luz (Galeria Évora Arte, Évora).

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS (Selecção):
1984 - IV Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira; 1985 - Colectiva na E.S.E. - Animação do Chiado; 11 Bienal Nacional de Desenho - Árvore - Porto; 2ª Bienal de Chaves - Jovem Arte Portuguesa; Exposição "'Artes Visuais da Cidade do Montijo" - Montijo; "Jovens Pintores" - Galeria Almada Negreiros - Lisboa; 1 a Bienal de Arte dos Açores e Atlântico:1986 - Bienal de Lagos; "Pintura - Colagem" - Átrium da Imprensa de Lisboa; "À volta do nome" - Galeria da Câmara Municipal da Amadora. "150 Anos de Ensino Artístico" - E.S.B.A.L.; 1987 - "Nem objectos nem brinquedos" - Átrium da Imprensa - Lisboa: 2ª Bienal de Arte dos Açores e Atlântico; 1988 - Bienal de Lagos; "Arte Contemporânea" - Espaço Poligrupo Renascença - Lisboa; 1989 - Salão de Verão - Sociedade Nacional de Belas Artes - Lisboa; Exposição Nacional de Pequeno Formato - Galeria Viragem - Cascais: 1990: - V 'Salão de Primavera - Galeria de Arte do Casino Estoril; Exposição Pequeno Formato - Galeria Viragem - Cascais; "Prémio Fidelidade Jovens Pintores" Biblioteca Nacional - Lisboa; Exposição Pequeno Formato - Galeria Santa Justa - Lisboa; 1991 - "Novos Valores na Arte Portuguesa" - Galeria S. Francisco - Lisboa; VI Salão de Primavera - Galeria de Arte do Casino do Estoril; Exposição de Pintura Comemorativa dos 80 anos do I.S.T - Lisboa; Exposição "Prémio Nacional de Pintura - Júlio Resende" - Gondomar; Exposição Pequeno Formato, Galeria Viragem - Cascais; 1992 - Exposição Jovens Pintores da Viragem - Galeria Viragem - Cascais; Arte Jovem / Arte Actual - Galeria de Arte do Casino Estoril; Exposição Colectiva - Galeria Évora Arte - Évora; 1993 - "Dez Artistas Portugueses na Galiza ", Mondariz - Espanha; "Revelações 93" - Concurso Nacional de Pintura B.C.M. - Árvore - Porto; "O Papel como Suporte" - SNBA, Lisboa, : 1994 - "100 Aniversário - Galeria Teoartis" - Museu de Évora - Évora; "Comemorações do Centenário de Florbela Espanca, Grupo Pró-Évora; 1a Bienal de Arte A.l.P. - Tendências Anos 90" - AIP - Porto; 1995 - Colectiva de Pintura e Desenho com Cristina Tavares e Frederico Mira - Igreja de Santiago - Monsaraz; Festival Sete Sóis, Sete Luas - Pontedera - Itália; 1997 - Colectiva de Pintura - Galeria Évora Arte - Évora; 2000 - "Um retrato para Fernando Pessoa" IPPAR - Évora.

PRÉMIOS:Menção Honrosa - Concurso - "Montras do Chiado" -1985; Menção Honrosa - Pintura - VI Salão de Primavera - Casino Estoril, 1981. "Prémio Manuel Filipe" - Viragem - Cascais - 1991.

ANDREIA RECHENA - Ilustração dos Contos Populares de Idanha-a-Nova


2006 - Imagem de divulgação da exposição "Brinquedos, Brincadeiras e outros Segredos" do Museu Tavares Proença Júnior em Castelo Branco; BD "Mensageiro", no prózine - AlIgirlzine" edit Arga Warga;, BD "Cinderela", adaptada de um texto de Sérgio Xarepe, no Magazine Sketchbook, edit Estúdios BD-AJCOI, Pinhal Novo; BD "O amor é cego, a obsessão um bocadinho vesga"no Jornal Mundo Universitário; autora do blog "Zarzanza.

2005 - Concepção do conceito de Biog-Jogo "Caixa de Fósforos", e co-autora do mesmo com Eduardo César; FIBDA, festival internacional da BD da Amadora); Participação no Concurso corn a BD "Polaroíd"; BD "Desconfiança" no BDJornal, edit Pedra no Charco; Colecção de postais para o Festival Internacional de Gigantones do Pinhal Novo; "A Mega-Espada do Rei, naBDZine, por ocasião do19° aniversário da Tertúlia da BD de Geraldes Lino; Ilustrações "Windigo" para o fanzine com o mesmo nome de Zé Lopes; Bd "S.E.T.I", seleccionada para a Mostra Jovens Criadores 2005 em Amarante.

2004 - FIIBDA; Menção Honrosa com a BD " Transporte"; elaboração das ilustrações para o mapa de actividades infantis do CEM., Centro em Movimento, Lisboa; Colaborações com o grupo Entropia e com os estúdios BD-AJCOI. FORMAÇÃO ACADÉMICA:
Curso de Ilustração e Desenho no AR.CO, Lisboa; : Curso de Banda Desenhada no CITEN, Fundação C.Gulbenkian coordenação de José Pedro Cavalheiro; Curso de Ilustração infanto-juvenil no CITEN; Fundação C. Gulbenkian, coordenação de João Catarino; Estágio em Tecelagem e Fiação no Museu do Traje; e12º Anos Técnico-Profissional de Design Têxteis.
EXTRA-CURRICULAR:
BD com Ed Brubaker (Marvel) integrado no FIBDA, 2005; BD com Seth Fisher (DC Comics), integrado no FIBDA 2004; "Fazer Fanzines", com Tiago Gomes, da revista Bíblia; Ilustração com Alice Geirinhas, A.R.CO, Lisboa; BD, com Marcos Farrajota, Bedeteca de Lisboa; Aerografia, integrado no Festival de Comics,. Barcelona;Pintura, integrado no Festival Internacional de Comics, Barcelona; Curso de Banda Desenhada do CITEN, Fundação C, Gulbenkian.
EXPOSIÇÕES:
Ilustradora convidada na exposição " O Menino Triste" de João Mascarenhas, no FIBDA, 2005; Exposição da BD "Polaroid" no FIBDA 2005: Exposição da BD "S.E.T.I" na Mostra Nacional de Jovens Criadores, Amarante, 2005; Exposição da BD "Transporte", Memção Honrosa) no FIBDA, 2004; Exposição inserida no XV Encontro de Literatura Infantil na Fundação C. Gulbenkian, 2003; Exposição com os alunos de BD do CITEN na Restart, 2003; Exposição colectiva de BD "Urbe Fictions" inserido na Semana da Juventude, Almada 2004; Exposição colectiva de pintura na feira do Oculto. Oeiras 2001.

MANUEL PASSINHAS DA PALMA - Ilustração dos Contos Populares de Mértola



Nasceu em Beja no ano de 1959.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS: 1998 - "Entre Cerros", Sala de Exposições da Associação de Defesa do Património de Mértola; 2003 - "Ponto de Partida", Bar Al-Safir, Mértola; "Traços do Sul", 15ª Semana do Alentejo, Quinta de São José. Sacavém. 2005 - "Ponto e Traço", Bar Al-Safir, Mértola;

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS: 1982 -I Exposição Colectiva de Pintura e Desenho do Centro Cultural de Beja - Salão do INATEL Beja; Colectiva de Artes Plásticas - Casa do Povo - Mértola; Exposição de Artes Plásticas - Casa do Povo - Almodôvar; Colectiva de Pintura e Desenho - Festa Alentejana - Beja; 1993 -1ª Exposição "A Arte nas Terras do Cante" - Salão do INATEL - Beja; 1994 "Myrtillis Arte" - Salão da Junta de Freguesia de Mértola; 1996 - Concurso de Cartazes alusivos ao Dia Mundial do Teatro - Biblioteca Municipal, Beja. 1999 - 5ª Exposição Internacional de Artes Plásticas de Vendas Novas; Mertolarte - Sala de Exposições da Associação de Defesa do Património oe Mértola; 2003 - "Momentos Alentejanos" - Casa das Artes Mário Elias, Mértola. 2003/2004 - XIII Galeria Aberta - Beja: 2003 e 2004 - Galeria Nicola di Nunzio - Beja: 2005 - "O Contrabando" - Junta de Freguesia de Santana de Cambas.

PRÉMIOS: 1993 - 1º Classificado no concurso " A Arte nas Terras do Cante". 1996 - 3º classificado no concurso de cartazes alusivos ao Dia Mundial do Teatro, promovido pelo grupo de teatro Jodicus. 2005 - 1º classificado no concurso "O Contrabando", com publicação do trabalho na capa do livro sobre o mesmo tema, de autoria de Luís Filipe Maçarico.

Música - Grupo "Modas à Margem do Tempo" apresenta o espectáculo "Cantes do Meu Cante" - 29 de Agosto, 22h



Um novo olhar sobre o Cante Tradicional Alentejano, respeitando a sua essência e introduzindo-lhe uma sonoridade mais universal. As vozes, o violoncelo, as guitarras e a percussão imprimem ao Cante Tradicional sonoridades que realçam o que se respira na imensidão da planície alentejana.Música intimista, "modas" que permanecem na memória dos menos novos, descrevendo tarefas, ritos, valores e expressões caídas em desuso, é a proposta que se apresenta num projecto honesto, direccionado a quantos se preocupam com o futuro das nossas heranças culturais.

Imagem e texto extraídos do site http://evora.home.sapo.pt/evoramusica.htm

Cante - Grupo Coral e Etnográfico "Os Almocreves" - 30 de Agosto, 22h



"É a alma de um povo derramada em sonoridades que escorrem numa cadência de preceitos, como fio de água que passa eterno no mesmo serpentear da corrente. E não cansa fazê-lo nem dá tédio observá-lo, porque embora aparente monotonia, os modos como arrastam as palavras têm o sortilégio de produzir em cada instante sensações diversas, sentires distintos em momentos que são sempre outros".
José Francisco Colaço Guerreiro

Imagem e texto extraídos do site http://evora.home.sapo.pt/evoramusica.htm

terça-feira

SEMANA DE MOÇAMBIQUE - 18 a 24 de Agosto


PROGRAMA

De 18 a 24 de Agosto - 15h / 20h
Exposição: Malenga e Ntaluma (Escultura Makonde, madeira) , Heitor Pais (Pintura e Cerâmica) e Américo Hunguana "Bocarras" (Fotografia)

21, 22 e 23 de Agosto - 20h/ 23h
Jantares tradicionais moçambicanos

21 e 22 de Agosto - 22h
Música tradicional moçambicana - Genitho Rasta

23 de Agosto - 22h
Música moçambicana - Malenga

segunda-feira

Exposição de Pintura, Cerâmica, Escultura e Fotografia


Heitor Pais - Pintura e Cerâmica



Moçambicano, de Buzi, vive em Portugal desde 1976.Tem o Curso de Artes e Técnicas do Fogo na Escola António Arroio, Lisboa.. É pintor e ceramista, enquadrando-se na tipologia da Arte Moderna.Hoje, é professor na Escola António Arroio, onde estudou. Desde 1981, participou em inúmeras exposições colectivas em Portugal, e também em Itália e realizou várias exposições individuais, em Portugal e também na Alemanha. È citado em várias publicações da especialidade, nomeadamente ; Haringer, Christiane -"Neue Keramic" - Berlim, Balas, Anne - "Gal Arte" - Barcelona, "Aspectos das Artes Plásticas em Portugal" - edição Fernando Infante, Lisboa, 1992 , "O Artista e seu Mercado" - Editor Narciso Martins, Porto , "Guide de l'Art Africaine Contemporain" - Association Afrique en Création,Paris,1996, "Ceramistas e Escultores Portugueses" - Editor Carlos Bajouca, Lisboa, 2002.

Ntaluma - Escultura



Ntaluma é um escultor moçambicano que nasceu em Nanhagaia, distrito de Nangade, província de Cabo Delgado, Moçambique, no último ano da década de 60, num Sábado, com o calor do planalto, onde os homens se assustaram com as gargalhadas das parteiras tradicionais Makondes. Dando grande felicidade ao seu pai que estava muito ansioso.Iniciou o seu trabalho de transmitir a sua mensagem através da madeira, em Novembro de 1990, no Museu de Etnologia de Nampula. Depois de ter recebido os segredos da escultura Makonde, do seu mestre Crisanto Bartolomeu Ambelikola. Em 1992 chegou a Maputo onde, com um grupo de amigos, fundou a “Favana Grupo de Escultores Makonde”, no parque de campismo de Maputo. Em 1994 começou a ensinar escultura Makonde a moçambicanos e estrangeiros.Em 2000, integrou a ASEMA - Assciação de Escultores Makonde, que funciona no Museu Nacional de Arte de Moçambique.Chegou a Portugal em 2002 onde começou a desenvolver com outros artistas, um intercâmbio de sensibilidades artísticas. Em 2003 assumiu a responsabilidade da escola de escultura da ALDCI Associação Lusófona para o Desenvolvimento, Cultura e Integração - Portugal, integrada na escola da multi-culturalidade.Está representado em colecções particulares nos quatro cantos do mundo. As Origens da arte: Quem não se lembra de alguma vez na vida ter visto uma escultura Makonde, que faz rodopiar as pessoas numa viagem que é de todos nós, numa reafirmação de que a arte está permanentemente nos corações de todas as latitudes.A humanidade é uma parte da natureza com os seus fenómenos. Para o escultor, uma imagem não é só um simulacro provido de qualidades vivas, é também uma forma de o homem manifestar o seu imaginário. Desde a idade da pedra que os nossos antepassados esculpem com as suas mãos, as formas naturais da terra.
in http://makonde.no.sapo.pt/

Malenga - Escultura



Quando era pequeno desprendia muitas horas ao lado da minha casa fazendo meus brinquedos de madeiras leves. Esta foi a primeira parte de aprendizagem em que, simultaneamente desenhava. Com 20 anos tomei decisão de ser escultor. Tendo iniciado ao lado do meu pai, portanto ele é o meu primeiro mestre. Dois anos depois mudei para Maputo para continuar com o trabalho, na cooperativa Arte Makonde. Em 2001 juntei-me num grupo de artistas nas instalações do Museu Nacional de Arte. Em 2006 obtive bolsa de estudo para estudar arte em Lisboa. No ano seguinte tive um estágio em escultura também na Faculdade das Belas Artes do Porto.

EXPOSIÇÕES:Colectivas: Várias em Moçambique e uma em Lisboa. Individuais: uma em Maputo em 2005, uma individual em 2007 no Porto e uma individual na Suécia em 2008.

Américo Hunguana "Bocarras" - Fotografia



Américo Jorje dos Santos Hunguana (Bocarras) nasceu em Maputo no dia 26 Outobro 1985. Fez o terceiro ano do curso de publicidade e marketing em Maputo.
Projectos e exposições em que participou:
2004 Exposição de cartaz pulicitário, Centro Franco-Moçambicano, Maputo
2004 Participação na Exposição colectiva da Foto Festa 2004, Maputo
2005 Primeiro premio de fotografia de Kodak , Maputo
2005 10 anos do Centro Cultural Franco-Moçambiano, Maputo
2005 Estagio de laboratorio no Estudio Foto Retina , Maputo
com fotografo Sr. Machado
2006 Projecto Audio-Visual para a impresa Dunavante Morumbala, Quelimane
2006 Projecto Audio-Visual para a CIC (União Europea), Quelimane
2006 Workshop de Arte-video, Maputo
2006 Estagio fotográfico em Cape Town , South Africa
2006 Workshop fotográfico no Centro Comunitario artistico de Catetura, Namibia
2007 Exposição individual : Cruzamento, Genebra, Suiça
2007 Exposiçao individual : Cruzamento 1, Bern, Suiça

GENITHO RASTA - UM MÙSICO DA TERRA

Compositor e músico moçambicano, Genitho Rasta recupera do tempo os velhos ritmos e os instrumentos tradicionais moçambicanos, misturando sons,melodias e culturas.

Texto > Manuela Sousa Guerreiro
Fotos >
Bruno Barata/Editando

Dedilhando a "mbira" (um instrumento moçambicano, assente numa pequena tábua meio tosca onde se fixam tiras de metal), Genitho Rasta vai, aos poucos, evocando as lendas, a guerra de libertação e a longa resistência moçambicana. O espectáculo continua e, desta vez, acompanhado do violino e do saxofone, Genitho experimenta o "bangwe" (uma espécie de guitarra que ressoa em cabaças).

A "mbira" e o "bangwe" são dois dois instrumentos tradicionais de Moçambique tocados pelo músico e compositor moçambicano Genitho Rasta. A estes junta-se ainda a "timbila" (um xilofone artesanal), que tem a particularidade de ser um instrumento de orquestra. O que explica a presença em palco do saxofone e do violino. "Não costumo romper com os costumes tradicionais. Embora, junte o que á de positivo na cultura moçambicana com o que há de positivo noutras culturas". A fusão de sons, melodias e culturas, algo que o artista confessa não ser premeditado, vai-se tornando realidade no pequeno palco do auditório da FNAC, em Lisboa, conquistando as várias dezenas de pessoas que ali se reúnem.

Genitho Rasta nasceu em Inhambane, mas tem raízes na província de Tete, de onde é originária a família, e em Maputo, onde cresceu. Talvez por isso os três instrumentos tradicionais moçambicanos eleitos pelo compositor sejam característicos de cada uma dessas regiões. "A "mbira" ou "sansi", é do centro do país. No norte, o "bangwe" é mais conhecido e as timbilas estão mais ligadas à região sul", explica Genitho Rasta em conversa com a Revista Moçambique. "Mas a raiz do meu trabalho está na música tradicional do país e não na música de uma ou doutra província. Daí ter privilegiado vários instrumentos que são característicos de vários pontos de Moçambique", sublinha.

Respeitando "o ritmo antigo", Genitho canta a história, a guerra de libertação e a luta de resistência. Os trabalhos de pesquisa levam-no a resgatar do imaginário moçambicano os velhos contos populares e infantis.

Reencontrando as raízes

Como em quase todos os países africanos, também em Moçambique a música está presente nas várias cenas do quotidiano e é um veículo privilegiado de expressão religiosa, espiritual e cultural. Mas contrariando a realidade de muitos desses países, a diversidade e a riqueza da música e dos instrumentos moçambicanos permanecem ainda por descobrir.

No país da "marrabenta" são poucos os músicos que se atrevem a ir buscar os ritmos antigos, tradicionais, talvez por falta de apoios e de meios ou talvez por que ainda existem certos preconceitos e complexos. "Há quem diga que a marrabenta representa a música moçambicana. Considero isso uma aberração. A marrabenta é sobretudo colonial, produto de uma assimilação cultural, onde os arranjos e os tempos obedecem a uma estrutura ocidental, completamente diferente da música tradicional, da música da terra".

Para Genitho Rasta, o gosto pela música tradicional começou há poucos anos e quase por acaso. "O primeiro instrumento tradicional que comprei foi a um indivíduo que os vendia para decoração. Comecei a tocar sozinho e com a ajuda de amigos, depois fui fazendo alguma pesquisa e descobrindo os músicos tradicionais. Hoje toco a "mbira", as "timbilas" ou o "bangwe" como quem toca uma guitarra ou um saxofone", conta. Reacções? "O público, mesmo em Portugal, conhece e aprecia. Em Moçambique, culturalmente a música é bem aceite, ainda que comercialmente seja difícil abrir espaço e conseguir apoios", esclarece

Publicado originalmente na revista “Moçambique”, em 2002.
Reproduzido neste blog com a devida vénia.


SEMANA DA GUINÉ-BISSAU - 11 A 17 DE AGOSTO


2º Fª - 11
18h 30m - Abertura da exposição de pintura de Maio Coopé e João Carlos Barros
19h - Demonstração de tecelagem tradicional guineense (em colaboração com a associação AFAIJE - Filhos e Amigos da Ilha de Jeta)

4ª Fª - 13
18h 30m - Palestra: "Expectativa de Desenvolvimento da Guiné-Bissau enquanto país independente", pelo Prof. Dr. Celestino Macedo
5ª Fª - 14
18h 30m - Apresentação do livro "Fogo Fácil", de Marinho de Pina, seguido de encontro com o autor.
20h - 23h - Jantar tradicional guineense
22h - Concerto com Maio Coopé e amigos

6ª Fª - 15
20h - 23h - Jantar Tradicional guineense
22h - Concerto com Maio Coopé e amigos

Sábado, 16
20h - 23h - Jantar Tradicional guineense
22h - Espectáculo de dança tradicional pelo Ballet Mambôf (em colaboração com a AFAIJE)

Exposição de Pintura: João Carlos Barros e Maio Coopé


JOÃO CARLOS BARROS



Nasceu em Bissorã, na Guiné-Bissau a 24 de Março de 1959.
Desde miúdo revelou aptidão para desenhar e pintar, o que o levou, de forma autodidacta, a aperfeiçoar-se nas técnicas do desenho e da pintura.Em 1982 veio estudar para Portugal, tendo-se licenciado em arquitectura. Desde então em Portugal tem trabalhado como arquitecto e como professor de Educação Visual, no ensino básico e secundário.Desde muito cedo revelou um irreprimível vontade de desenhar e pintar que o levou a dedicar-se em 2000 à pintura de forma mais regular e profissional. Tem como principais referências Picasso e Malangatana.Do seu curriculum constam a elaboração de capas de discos para músicos guineenses. É também autor de cartazes para eventos culturais e do logótipo da Guineaspora. Realizou algumas exposições individuais e participou em várias colectivas.
Exposições indiciduais:
2004 - As minhas raíses”, Centro de Artes e Ofícios (CAO’S) organizada pela Associação de Pintores dos Concelhos de Loures e Odivelas (Quadrante);
2003 - Memórias d’África, Junta de Freguesia da Ramada, odivelas.
Exposições colectivas:
2005 - exposição colectiva realizada no espaço Santiago Alquimista para “Musidanças”;
2004: exposição colectiva “Comemorações do Dia de África, realizada na Escola EB. 2, 3 João Villaret, Loures; exposição colectiva realizada no Instituto Português da Juventude no Parque das Nações;
2003: exposição colectiva de Pintores Guineenses da Diáspora, realizada na Universidade Lusíada.

MAIO COOPÉ


Mário da Silva é um artista polifacetado, cujo talento se tem revelado tanto nas artes plásticas como na dança ou mesmo no cinema. É no entanto na música que Maio Coopé (nome artístico que adoptou e cuja origem, exemplo do afiado sentido de humor guineense, se prende com o facto de ter estado muito ligado durante anos á comunidade de cooperantes europeus em Bissau) é mais conhecido, tanto na Guiné-Bissau como internacionalmenteA verdade, no entanto, é que a qualidade e originalidade do seu traço pictórico nada ficam a dever á forte expressão artística e identitária da sua música, á empatia que os seus concertos despertam no público e nos seus colegas de palco.Segundo ele mesmo diz, pinta "desde sempre". É um autodidacta, mas na juventude, aprendeu muito com o mestre Carlos Barros, o popular Carbar, pintor guineense de prestígio e hoje também principal animador da Associação dos Amigos de Bissau Bedjo, que vem lutando há anos pela requalificação do belo núcleo histórico da cidade). Frequentou também várias oficinas de pintura no Centro Cultural Francês de Bissau, na década de 80. Durante anos, trabalhou também como desenhador técnico em ateliers de arquitectura. Em Bissau, hoje. algumas das suas criações ainda podem ser vistas, como as saborosas e expressivas imagens que decoram o mais autêntico lugar de encontro de músicos e boémios da cidade, o popular Mansa Flema (título, também, de uma das mais conhecidas canções de Maio Coopé)Utiliza principalmente as técnicas de Desenho e Pintura e também (uma sua faceta ainda menos conhecida!), a da escultura em barro. Expôs várias vezes os seus trabalhos na Guiné, em Portugal (onde reside há mais de dez anos), e também no Mali, no Senegal e no Burkina Faso.

sábado

Espectáculo de dança pelo BALLET MAMBÔF, Sábado 16, 22h



O Grupo Cultural “Ballet Mambôf” é constituído por 21 elementos sendo dois Coreógrafos e quatro Percussionistas Profissionais do Prestigiado e Emblemático Ballet Nacional da Guiné-Bissau “Esta é a Nossa Pátria Amada”, e por jovens Guineenses nascidos em Portugal, com Idades compreendidas entre 12 a 19 anos. O Grupo nasceu da sensibilidade da Associação dos Filhos e Amigos da Ilha de Jeta, Noroeste da Guiné-Bissau, com Sede provisória em S. João do Estoril, Concelho de Cascais, e que teve o abraço fraterno e imediato da Câmara Municipal de Cascais, através do Departamento da Divisão de Promoção e Animação Cultural. O objectivo do MAMBÔF (que significa União) é a divulgação da Cultura Africana em Geral e em Particular da Guiné-Bissau na Diáspora, através de mensagens destinadas sobretudo às Novas Gerações, sobre a Preservação dos Valores Culturais e dos Recursos Naturais, bem como a importância do Ensino e da Saúde, em prol do Desenvolvimento. Procuramos passar a mensagem da cultura, da paz, sem esquecer as peripécias da imigração. Tudo isso nos módulos de Teatro, Comédia e Danças Tradicionais da Guiné-Bissau. O BALLET MAMBÔF, fez a sua Apresentação de estreia em Março de 2003, no salão da “Sociedade de Abóbada”, pertencente ao Grupo de Instrução Musical e Desportivo de Abóbada, na presença de Representantes da Câmara Municipal de Cascais, de alguns Dirigentes Associativos Guineenses e de vários outros convidados, assim como também da população local. A apresentação mereceu aplausos do Público presente e elogios de algumas personalidades no final da sessão. Portanto o Grupo é óptimo e recomenda-se. Após a estreia, os convites começaram a chegar. O BALLET MAMBÔF foi um dos convidados especiais da II Mostra de Dança do Concelho de Cascais, realizado no primeiro de Maio de 2003, Dia do Trabalhador, e na festa dos povos, organizada pela Câmara Municipal de Cascais, nos dias 24 e 25 de Maio de 2003, alusivo ao Dia de África. Em Maio de 2004, apresentamos no Centro Comunitário de Carcavelos no quadro do evento denominado “Encontro de Culturas”. No quadro de intercâmbio Cultural com a Associação dos Imigrantes da Guiné-Bissau em Espanha, na cidade de Roquetas de Mar, o Grupo realizou dois espectáculos nos dias 10 e 11 do passado mês de Julho de 2004. E ainda no mês de Outubro, a convite da Associação Desportivo de Estoril, no Quadro da festa de Outono, para angariação de fundo, estivemos presentes, animando o público com as nossas espectaculares danças tradicionais, na Escola Secundária de S. João de Estoril. Recentemente, no dia 6 de Fevereiro de 2005 na Escola Secundária de S. João do Estoril, a AFAIJE realizou um Evento Cultural sinalizando o início das actividades do Grupo Cultural “Ballet Mambôf”. De 23 a 26 de Setembro de 2005, “Ballet Mambôf” participou no intercâmbio cultural com a nossa congénere em França (Évreux). Recentemente, no dia 1 de Abril de 2006, o nosso Grupo Cultural participou na Gala de 10º Aniversário da Fundação da RDP-África, no Salão da Aula Magna na Universidade de Lisboa.

terça-feira

SEMANA DE CABO VERDE - 4 A 10 DE AGOSTO




SEMANA DE CABO VERDE
4 a 10 de Agosto

2º Fª - 04
19h - Abertura da exposição de pintura (“Postais Musicais de Cabo Verde”; António Firmino) e escultura (Kassanaya)

3ª Fª - 05
19h - Apresentação da edição temática sobre Cabo Verde da revista “Cahiers Lusophones”, com a presença de Manuel Santos (da Direcção da revista)

4ª Fª - 06
18h 30m - Debate - “O Teatro em Cabo Verde”, com Armindo Tavares e Francisco Fragoso

5ª Fª - 07
20h - Jantar tradicional caboverdiano
22h - Espectáculo de teatro e dança, pelo grupo “Fidjus de Bibinha Cabral” (Tarrafal, Santiago)

6ª Fª - 08
18h 30m - Apresentação do livro “Aventuras de Nhu Lobo”, de Armindo Tavares
19h – Poesia - “Cântico na Manhã Futura”, por José Cunha, Celina Pereira, Vera Cruz e Alexandre Conceição
20h - Jantar Tradicional caboverdiano
22h - Concerto - Djon d´Robeca, Kanekinha e amigos

Sábado, 09
20h - Jantar Tradicional caboverdiano
22h - Tocatina (encontro de músicos de várias gerações - palco aberto)

Domingo, 10
18h 30m - Cinema - “Batuque, Alma de um Povo”, de Júlio Silvão Tavares



ANTÓNIO FIRMINO


António Firmino nasceu na cidade do Mindelo, na ilha de S. Vicente em Cabo Verde. É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas na Universidade Nova de Lisboa e em Estudos Franceses pela Universidade de Toulouse. Possui ainda um mestrado em comunicação educacional multimédia, e duas pós-graduações na área educacional, obtidas em Inglaterra.Autodidacta, a sua pintura foi desde cedo muito marcada por uma forte relação com a terra e o imaginário de Cabo Verde. Está radicado em Portugal há alguns anos, onde tem efectuado diversas exposições e participado em inúmeras actividades culturais relacionadas com o universo das comunidades caboverdianas e lusófonas em geral.Amante da música tradicional da sua terra natal, presença assídua - quando não mesmo impulsionador - das sempre recordadas noites de serenata no Mindelo dos anos 70, acabou sendo enfeitiçado pela criatividade musical natural do ilhéu, passando ele próprio a compor e a tocar violão. Essa actividade suscitou-lhe ainda o mote para a sua pintura, a que chamaria mais tarde de “Serenata Mágica”.Está representado em diversas colecções privadas em Cabo Verde, em Portugal e em diversos outros países.

Postais Musicais de Cabo Verde, de António Firmino



Nesta exposição, António Firmino mostra o resultado de uma pesquisa pictórica e documental sobre o universo da música popular caboverdiana, trabalho que vem desenvolvendo há alguns anos. Nos quadros de pequeno formato evocam-se aspectos essenciais do quotidiano de uma comunidade musical marcada pela confraternização permanente entre compositores, instrumentistas, poetas e outros actores centrais da vivência cultural do arquipélago de Cabo Verde.Grande parte dessas imagens retratam figuras maiores da vida musical crioula ou tocadores populares muitas vezes “famosos” apenas nas suas povoações ou ilhas. Outras evocam personagens já desaparecidos mas que tiveram notoriedade significativa nas épocas em que viveram. Entre eles, merecem destaque Ana Procópio, uma das grandes pioneiras dos cantares de improviso, Eugénio Tavares, um dos maiores compositores de todos os tempos em Cabo Verde e Francisco Xavier da Cruz, dito “B.Léza”, autor de referência cimeira na história da música caboverdiana, cujo centenário do nascimento se comemorou em 2005.A preocupação do autor foi contribuir para que as novas gerações crioulas conheçam melhor estas figuras fundamentais da sua cultura, muitas das quais foram objecto de referências esporádicas na escassa literatura caboverdiana sobre “gente da música”. É importante referir que o projecto de pesquisa em que esta exposição está integrada abrange igualmente áreas como a fotografia, o registo de testemunhos ou a recolha documental, visando contribuir para a preservação da memória colectiva do povo de Cabo Verde e para a perpetuação do seu riquíssimo património musical.

KASSANAYA


José Brazão “Kassanaya” é escultor e artesão. Nasceu na Cidade da Praia, ilha de Santiago, em Cabo Verde. Reside e trabalha em Portugal há 17 anos embora mantenha laços de contacto com o seu país de origem. O artesanato, a escultura, a cerâmica e a joalharia alternativa, são as suas principais actividades.As esculturas agora em exposição fazem parte da exposição intitulada “Alibentempu”. Trata-se de uma expressão em crioulo de Cabo verde que evoca um prenúncio da chegada de momentos conturbados, de mudanças repentinas vividas no mundo, como muitas das que se cruzam no nosso dia-a-dia.Nestas obras, Kassanaya utiliza a pedra (Lioz, Calcário e Vermelho Negrais). Kassanaya tem formação nas áreas da escultura, cerâmica, artesanato, e fotografia. O seu percurso profissional e artístico é marcado pelo desenvolvimento e participação regulares em projectos de cariz sóciocultural, onde tem dirigido oficinas de escultura, joalharia alternativa, artesanato, e transformação de desperdícios em objectos plásticos. “Alibentempu” foi a sua primeira exposição individual (realizada na Casa da Morna), de algum modo marcando um ponto de referência na sua obra.
Entre as exposições em que participou, destacam-se:2007 - Participação na I Bienal Lusófona da Malaposta, Odivelas2006 - 2007 - Exposição individual “Alibentempu”, Casa da Morna, Lisboa2005 - Galeria da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira2004 - Colectiva de azulejo e escultura (participação com obra em pedra), Junta de Freguesia da Mina, Amadora2003 - IV Bienal de Cerâmica, Prémio Artur Bual, Junta de Freguesia da Mina, Amadora2001 - III Bienal de Cerâmica Artur Bual, Junta de Freguesia da Mina, Amadora1999 - Semana Intercultural da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Açores1998 - Pavilhão de Cabo Verde na EXPO 98, Lisboa1998 - Festival Mundial da Juventude, Selecção ACIME, Costa da Caparica1997 - Espaço Telecom, Lisboa.

segunda-feira

SEMANA DO BRASIL - 28 de Julho a 03 de Agosto




28 DE JULHO A 3 AGOSTO
ARTES PLÁSTICAS - Mané do Café, Dona Peta e Mirah
Abertura 28 de Julho ás 18h 30; de 29 a Julho a 3 de Agosto das 14h 30m às 20h

28 DE JULHO
21h 30m - CINEMA - Projecção da longa metragem “Pélé Eterno”, de Aníbal Massaini Neto, sobre a vida e o talento genial do maior desportista do século.

29 E 30 DE JULHO
21h 30m - MÚSICA - Concerto com“Reco do Bandolim & Choro Livre”. Directamente do famoso Clube de Choro de Brasília para Lisboa, um dos mais prestigiados agrupamentos de Chorinho do Brasil. Imperdível!

31 DE JULHO
21h 30m - POESIA - “Vozes da Lusofonia”: Lauro Moreira interpreta poetas da Língua Portuguesa (Camões, Fernando Pessoa, Alda do Espírito Santo, Alda Lara, Jorge Barbosa, Castro Alves, Manuel Bandeira, entre outros). Imperdível!

01 DE AGOSTO
20h - GASTRONOMIA - Jantar Tradicional Brasileiro
21h 30m - CINEMA - “Lunário Perpétuo”: documentário do fantástico espectáculo de António Nóbrega, consagrado compositor, cantor, instrumentista e bailarino. Uma das mais importantes personalidades da cultura brasileira. Dirigido por Walter Carvalho.

02 DE AGOSTO
20h - GASTRONOMIA - Jantar Tradicional Brasileiro
21h 30m - CINEMA - “Moro no Brasil”: surpreendente longa metragem do finlandês Mika Kaurismaki sobre a música popular brasileira. Filme seleccionado para os Festivais Internacionais de Cinema Berlim, S. Francisco e Melbourne.

03 DE AGOSTO
18h 30m - CINEMA - "Até Onde a Vista Alcança", de Filipe Peres Calheiro: Um comovente documentário sobre uma comunidade de quilombolas (habitantes dos quilombos, nome pelo qual são conhecidas as comunidades de descendentes de escravos africanos no Brasil) do interior de Pernambuco, que se organiza para concretizar um velho anseio colectivo - a primeira viagem ao Litoral. Filme Premiado no Festival Camera Mundo (Holanda).

"O Homem da Mata", de António Luiz Carrilho - José Borba da Silva, cantor, canavieiro e pai de santo, interpreta Jack - um vingador justiceiro - defensor dos canavieiros da zona da mata de Pernambuco. Filme premiado em diversos festivais, incluindo o festival de Brasília (o mais importante do país) e o Curta Cinema no Rio de Janeiro.

ARTES PLÁSTICAS - Mané do Café, Dona Peta e Mirah











DONA PETA
“Eu só queria ser pintora, passar para a tela os desenhos que faço ao longo da vida como um diário que, invés de escrito é desenhado, mas dizem que sou artista-plástica. Uns entendidos dizem que eu faço Arte Bruta e eu fiquei sabendo que essa é a arte dos pacientes dos hospitais psiquiátricos, ora, eu estive na prisão, não num manicómio. Se bem que seja porque não calhou. De qualquer forma, cá estou eu, desaparecida, mas dando o ar da graça sob a responsabilidade do Mané, esse meu anjinho que me caiu do céu, como não canso de dizer. Se alguém quiser saber mais sobre a minha pessoa, no blog está publicado o livro Dona Peta - Conto Minha Vida.”

E no blog ( http://www.myspace.com/donapeta ), pacientemente tecido pelo amigo Mané, entre mil e uma aventuras e desventuras de uma vida sofrida mas intensa (ou vice-versa), entre Portugal e Brasil, lá está uma pontinha do véu , talvez uma pista, sobre porquê e por onde andará Dona Peta desaparecida nos dias de hoje:

“Mané do Café - - Gostava de lá voltar?
Dona Peta - Sim. Mas gostava mesmo é de conhecer a Amazónia. Tu falas-me tanto de lá que já me imagino a passear por aqueles rios. Também gostava de ir ao Pantanal, mas por causa da novela. Mas, pelo que tu falas, penso que a Amazónia seja ainda mais bonita. Já sei, Mané. Quando começar a vender meus quadros, assim que o dinheiro der, eu vou conhecer a Amazónia. Se der, pago tua passagem. Se não, vou sozinha”

(in “Dona Petta - Conto Minha Vida”, de Mané do Café”)

MIRAH
Miracelia de Freitas Fragoso, natural do Estado do Acre, na Amazónia Brasileira, desde criança esteve ligada à Música. Foi aluna e assistente da professora Elais Meira. Ao concluir o 2º Grau, passou a ministrar aulas de Dança para escolas da Rede de Ensino Básico. Foi coordenadora da Área de Teatro da Fundação Cultural do Acre e participante activa de vários eventos culturais e espectáculos de Música e Teatro. Em Portugal, onde reside desde 1990, profissionalizou-se como actriz e cançonetista e fez parte do elenco fixo da Associação de Teatro A Lanterna Mágica, de Lisboa. Com o nascimento da filha Ariane, viu-se forçada a afastar-se dos palcos e de outras actividades artísticas para além de uma oficina e um espectáculo realizados pelo actor André Gago, até que, no início de 1999, descobriu a emoção da Pintura, arte que passou a exercer intuitivamente e com incentivo de pintores como Mário Alberto e Edna de Araraquara. Sentindo necessidade de adquirir conhecimentos na nova arte, frequentou o atelier do pintor Zé Cordeiro. É membro embrionário do grupo de pintoras “As Viriatas”. Assina Mirah, Mirá (nas intervenções) ou Mira Fragoso. Pinta, mas tem na Música uma grande fonte inspiradora.

Sobre a pintura de Mirah, escreveu Nonato do Piauí: “ !Mira não procura, acha. Improvisa, sonha, descobre. Mas, mesmo quando busca e rebusca, sofre, trabalha, pesquisa, ainda assim, forja o milagre de parecer tudo tão simples. Tropeça na Física, mas abre portas à Filosofia. O impensável existe e o amorfo desenha o Mundo. Suas telas são palcos onde as cores “jazzeiam”.
MANÉ DO CAFÉ
Jorge Carlos Amaral de Oliveira Nasceu no Rio de Janeiro, a 23 de Julho de 1952. Despertou para as artes no Estado do Acre, na Amazónia Brasileira, o que o levou a abandonar o curso superior de Geografia para, a tempo integral, lançar mão das mais variadas formas de expressão artística e, através delas, gritar a sua indignação contra as injustiças para com as gentes e as matas do Acre. Ao profissionalizar-se nas artes cénicas, adoptou o pseudónimo de João Maiara e, em 1995, por sugestão do pintor Zé Cordeiro, passou a assinar os seus desenhos como Mané do Café. Fez de tudo nas artes e ainda foi jornalista, professor e animador cultural.

As suas pinturas em café já foram vstas nos mais variados lugares, no Brasil, em Portugal, en França e em Ingleterra, em exposições colectivas ou individuais. Aos mais distraídos ou porventura avessos a estas coisas das artes, recomenda-se alguma atenção aos pacotinhos de açúcar que rasgamos diariamente, para adoçar a bica, por que boa parte deles reproduzem justamente algumas das perspectives de Lisboa desenhadas - a café, como é evidente - por esse honem do mundo que passou “de Jorge a Mané”, como ele póprio escreve em título no seu blog, com o humor inimitável que o caracteriza.

Mané do Café está representado no Museu Estadual do Acre, Brasil; Museu Municipal de Alcochete, Portugal; Secretaria da Indústria e Comércio do Acre; Serviço Social do Comércio do Acre; Tropicalp (Associação Suíça-Brasil) Lausanne, Suíça e sede da ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café) Rio de Janeiro, e ainda em Museus Particulares de Indústrias do Café (Portugal).

CINEMA - “Pélé Eterno”, de Aníbal Massaini Neto




Quem é o maior jogador de futebol de todos os tempos? A pergunta é complicada de responder principalmente por que se jogava, há algumas décadas, utilizando-se muito menos preparo físico do que hoje em dia. Assistir agora às partidas da Copa de 70, por exemplo, dá sono. O jogo era muito mais lento do que o que se pratica atualmente – digam o que disserem. Mesmo tendo isso em mente, é impossível não se maravilhar com as jogadas de Pelé Eterno. O ponto alto do brilhante documentário de Aníbal Massaíni sobre Pelé é a pesquisa de registros filmados de jogadas do grande craque – o diretor chegou a buscar fitas com lances do jogador em diversos países do mundo. O resultado é deslumbrante. Ao contrário dos documentários e reportagens de sempre (que costumam passar as mesmas jogadas do Rei do Futebol), a quantidade de lances raros – que pouquíssimas pessoas da minha idade, por exemplo, já tinham visto – presentes em Pelé Eterno é simplesmente extraordinária. São mostrados cerca de 400 gols, além de diversos lances como dribles, passes, faltas e mesmo jogadas onde ele ajudava na defesa. O que Pelé fazia com a bola era praticamente inacreditável: chutes com as duas pernas, de perto e de longe do gol; cabeçadas certeiras; dribles fantásticos que deixavam filas de marcadores para trás; passes perfeitos para companheiros melhor colocados; gols de falta; dribles utilizando as pernas dos adverários (?!) para a sua própria progressão. Seqüências espantosas de lances espetaculares fazem com que o público ria de felicidade em diversos momentos do documentário. Mas Pelé Eterno não mostra apenas as jogadas do craque. O filme conta a história de Pelé a partir de depoimentos (inclusive do próprio jogador) e imagens de arquivo. O tom do documentário é laudatório além da conta, o que cansa um pouco. Mas, verdade seja dita, o próprio Édson Arantes do Nascimento quis que fossem citados alguns pontos obscuros de sua biografia, como o fato dele só ter reconhecido judicialmente uma das filhas de fora do casamento e alguns problemas com negócios [só que o escândalo do desvio de dinheiro da Fifa não é comentado]. Bastante interessantes, por outro lado, são os trechos que apresentam fatos lendários da carreira do craque. Como uma vez em que a ida de Pelé ao Congo fez com que as partes em conflito em uma guerra travassem um armistício. E o caso de um jogo na Colômbia, onde a torcida "expulsou" um juiz que expulsara o grande jogador do Santos – o público local, afinal de contas, tinha ido ao estádio para ver o craque e não o juiz. Somando tudo, Pelé Eterno é um filme obrigatório para quem gosta de futebol. Mesmo para aqueles que não gostam do homem Édson Arantes do Nascimento.

in www.bacana.mus.br

RECO DO BANDOLIM & Grupo “Choro Livre”




Henrique Lima Santos Filho, o Reco do Bandolim, é baiano de Salvador. Chegou a Brasília em 1963 e quando adolescente participou de bandas de rock, nos primórdios do movimento musical que projetaria a cidade na década de 80. Mas a descoberta do bandolim e os discos do mestre Jacob Bitencourt despertaram uma paixão definitiva pelo Choro, e a guitarra foi definitivamente aposentada.
Participou do grupo de fundadores do Clube do Choro de Brasília, em 1978, e forjou seu estilo em rodas musicais ao lado dos mestres Waldyr Azevedo, Avena de Castro, Odete Ernest Dias, Bide e Pernambuco do Pandeiro. Presidente do Clube do Choro de Brasília e fundador da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, Reco do Bandolim é ainda jornalista profissional, mas — até para fazer jus ao apelido — não descuida de sua “porção” instrumentista.
Dono de um estilo refinado, de interpretações elaboradas, onde a emoção e a sensibilidade convivem com o requinte e o virtuosismo, Reco se declara um eterno discípulo de Jacob do Bandolim. Tem quatro discos gravados, dois pelo setor de pesquisas do Banco do Brasil e dois independentes, entre os quais se destaca o “Reco do Bandolim & Choro Livre”, com mais de cinco mil cópias vendidas. Aliás, a versão de “Retratos – Pixinguinha”, do mestre Radamés Gnatalli, constante desse CD, foi escolhida para figurar num disco que reúne as dez maiores interpretações de bandolinistas brasileiros.
Filho dileto do Clube do Choro de Brasília, o regional Choro Livre tem no seu batismo a tradução de como vê e toca o gênero: criativo e aberto a novas influências. Fiel à raiz, mas sem medo de dogmas, o conjunto "sacode a poeira e dá a volta por cima", fazendo uma leitura contemporânea dos clássicos do choro e complementando o repertório com novos autores e composições próprias.
O grupo já atuou ou dividiu o palco com monstros sagrado da MPB, de Nelson Cavaquinho a Clementina de Jesus, de Moraes Moreira a Armandinho, de Abel Ferreira a Paulo Sérgio Santos, de Raul de Barros a Dona Ivone de Lara, de Waldir Azevedo a Paulinho da Viola, de Hermeto Paschoal a Sivuca.Grupo de base de todos os projetos apresentados pelo Clube do Choro de Brasília, nas últimas sete temporadas, o Choro Livre acompanhou apresentações inesquecíveis de Altamiro Carrilho, Oswaldinho do Acordeon, Dominguinhos, João Donato, Época de Ouro, Cristóvão Bastos, Ginga, Wagner Tiso, Paulo Moura e outros bambas da nossa música popular.
O Choro Livre lançou dois CDs, gravados pelo selo Kuarup Discos, onde além de clássicos do gênero, apresenta composições próprias como "Moleque Ronaldinho" e "Siri com Toddy".
O Choro Livre é: Reco do Bandolim (bandolim), Henrique Neto (violão 7 cordas), Rafael dos Anjos (violão 6 cordas), Marcio Marinho (cavaquinho) e Tonho (pandeiro).
"Reco do Bandolim e grupo Choro Livre", segundo CD do regional, aposta no chamado sangue novo. “A gente tem a obra dos mestres como referência”, diz Reco. ”Mas no novo trabalho procuramos imprimir um sentido atual ao nosso repertório, sem qualquer rejeição ao tradicional.” Este foi o ponto de partida do CD, que tem 14 faixas, e apenas uma releitura de "Na baixa do Sapateiro" (Ary Barroso) entre as mais conhecidas do grande público. As demais músicas foram garimpadas pelos integrantes do conjunto. Os choros "Novato" (Esmeraldino Sales) e "Ela e Eu" (Osvaldo Colagrande) foram descobertas pelo violonista Alencar Sete Cordas, ex-integrante do grupo, que as escutou numa rádio do interior durante uma madrugada de insônia.
Já "Meu Rádio, Meu Mulato" (Herivelto Martins) foi encontrada por Reco no acervo da Rádio Nacional AM. "Não é um choro, nem é parte do repertório mais conhecido de Hrivelto. Mas como o chorinho, segundo Paulinho da Viola, é mais uma maneira de tocar do que um gênero musical, ‘Meu Rádio...’ é uma composição que se identifica com o espírito do choro. Por isso fizemos um arranjo e a incluímos no CD".
Outra faixa, "Estamos Aí", de Maurício Einhorn, que chegou a ser um dos “hits” da bossa nova, mereceu o mesmo tratamento. Sem desmerecer aos tradicionais aficcionados do Choro, mais acostumados ao repertório tradicional, o CD "Reco e Choro Livre" procura inovar, buscando atingir também o público jovem.A nova geração tem marcado sua presença nas apresentações dos projetos do Clube do Choro de Brasília. Este novo trabalho é, também, uma homenagem e um reconhecimento a ela, que tem revelado grande interesse pelo gênero, como expressam os mais de 250 alunos inscritos na Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello e os mais de 500 candidatos que aguardam vaga para se matricula.

POESIA - VOZES DA LUSOFONIA POR LAURO MOREIRA




O embaixador Lauro Moreira chefia actualmente a Missão Diplomática do Brasil junto da CPLP, em Lisboa. Homem desde sempre ligado ás artes, tem imprimido um forte cariz cultural á acção da Missão que dirige, a exemplo do que tem sido seu timbre em todos os países onde exerceu funções.
Entre os inúmeros projectos artísticos a que esteve ou está ligado, dois merecem especial destaque - o grupo musical “Solo Brasil” e o recital “Manoel Bandeira, o poeta em Botafogo” . Com o primeiro, uma iniciativa do departamento cultural do Ministério das Relações Exteriores do Brasil para divulgação internacional da música brasileira, concebeu e coordenou o espectáculo “Uma Viagem Através da Músico do Brasil”, apresentado em diversos países e mais tarde registado em CD. Com o segundo, desenvolvido em 2005 a partir da edição em CD de um conjunto de poemas ditos pelo poeta, gravados numa velha bobina pelo próprio Lauro e preciosamente guardados pelo diplomata durante muitos anos, efectuou diversas apresentações tanto no Brasil como no exterior, dizendo ele próprio os poemas de Bandeira, acompanhado ao piano por Sónia Vieira.
Surge agora a oportunidade de apresentarmos, no Ciclo “Lusofonias” um dos mais recentes projectos artísticos de Lauro Moreira - o recital de poesia “Vozes da Lusofonia”, numa linha de coerência de percurso pessoal, de convicções e de afirmação da importância da cultura enquanto elemento central da diplomacia e do relacionamento entre os povos, que deve ser aplaudida fortemente. E replicada.

quarta-feira

Semana de Angola - 21 a 27 de Julho


SDZabila (Sebastião Eduardo)


Linogravura de SDZabila

FORMAÇÃO PROFISSIONAL
  • 1986 - Frequenta o curso de desenho e gravura na oficina de gravura da União Nacional de Artistas Plasticos de Angola (UNAP).
  • 1987 Frequenta o curso de técnica, estudo e elaboração de banda desenhada, pela empresa de publicidade IMAGEM.Ldª do antropologo e banda desenhista Henrique Abranches.
  • 1988 Inicio do Curso Médio de Formação Artístico e Cultural.


EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

  • 1987 - Primeira experiência profissional no campo da pintura com a Brigada Joven de Artes Plásticas ( BJAP ) da UNAP, participando com uma obra de pinyura na exposição da semana da Arte Jovem.
  • 1988 - Exposição alusivo ao aniversário da BJAP, Hotel Presidente Meridiem Luanda
  • 1996 - Funda em conjunto com outros jovens artistas plásticos, alunos do INFAC e membros da BJAP, o primeiro grupo artístico juvenil angolano denominado “Os Nacionalistas”.
  • “Apresentações”, primeira exposição de “Os Nacionalistas” na galeria Cenários da pintora angolana Isabel Batista.
  • Exposição colectiva, dia mundial da luta contra a SIDA, galeria Visão1997 Mostra de arte jovem (Os Nacionalistas), Hotel Flamingo Luanda.
  • Exposição colectiva no XIV Festival Internacional da Juventude e Estudantes Havana Cuba 97.
  • Decoração do muro da CUCA-BGI , 2º Lugar na classificação geral.1998 Lançamento do fanzine de BD o “ Traço Livre “, galeria Visão.
  • Exposição colectiva de BD na VIII Feira Internacional do Livro de Havana 98.2000 Exposição colectiva de pintura e escultura, Al Qasar Bar Lisboa. 2001 Exposição colectiva de pintura. Convento Club Lisboa.
  • 2002 Exposição individual de pintura. Bar-Bar Lisboa.
  • 2004 Exposição colectiva de pintura, fotografia e gravura Cooperativa de Gravadores Portugueses Lisboa.
  • 2005 Exposição colectiva de pintura, gravura e desenhos. Associação Pala Pala Ponta Delgada Açores 05.2006 Exposição colectiva de pintura, gravura e desenhos. Associação Pala Pala Ponta Delgada Açores 06.

Zizi Ferreira





Engrácia Ferreira dos Santos (Zizi Ferreira) nasceu em Luanda em 1973. Depois dos estudos primários e preparatórios, concluiu o ensino médio de artes plásticas defendendo o trabalho final de escultura com o tema “Diferença conceptual entre estatueta e estátua”. Actualmente, é aluna da Universidade Lusófona em Lisboa, no curso de Arquitectura Em Angola foi professora de Educação Visual e Plástica e de Formação Manual Politécnica nas Escolas Ngola Mbandi, Colégio Sol Nascente e Escola Nº503 nos níveis I, II, III entre 1998 a 2001. Para além da docência tem participado em exposições como artista plástica, com destaque para as seguintes

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS

  • 1995 – Mostra de Arte Jovem - Ministério da Juventude e Desporto, Globo Dikulo - (Luanda)


  • 1997 – Mulher, Figura e Artes - Museu Nacional de Historia Natural (Luanda)


  • 1997 – Exposição dos Nacionalistas - Hotel Flamingo (Luanda.)


  • 1997 – 14ª Festival da Juventude e dos Estudantes (Havana)


  • 1998 – 1ª Bienal de Jovens Criadores da CPLP – (Cabo Verde)


  • 2001 – 2ª Bienal de jovens Criadores da CPLP – (Portugal)


  • 2003 – Exposição colectiva “Cores e Formas de Cascais” SMUP (Portugal)


  • 2004 – I Congresso sobre o Regresso dos Quadros Angolanos na Diáspora


  • 2007 – “Artistas Angolanos” - Galeria da Câmara Municipal de Águeda (Portugal

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS

  • 2000 – “ Coisas e Tons do Quotidiano” , Pintura e Escultura, - Centro Cultural Português (Luanda)


  • 2005 – “ Memorias do Imaginário”, Pintura - Centro InterculturaCidade (Lisboa)


PRÉMIOS

  • 1998 – Menção honrosa, Prémio ENSA – Arte, Centro Cultural Português ( Luanda)


  • 2000 – Prémio Juventude de Escultura ENSA – Arte, Centro Cultural Português (Luanda)

LUSOFONIAS: Culturas em Comunidade



O Ciclo de actividades culturais subordinado ao título “LUSOFONIAS: Culturas em Comunidade” retoma e amplia uma experiência embrionária realizada há doze anos atrás pela ETNIA em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa e no quadro das festas da cidade, sob o mesmo nome.

A iniciativa visa divulgar a riqueza e a vitalidade das culturas do mundo da Língua Portuguesa, desde há muito presentes na cidade de Lisboa, com uma diversidade e uma pujança sem paralelo nas restantes metrópoles lusófonas. Ao escolher-se a o dia 17 de Julho para o seu início, pretende-se também assinalar uma data profundamente simbólica para o nosso universo geocultural comum - o aniversário da CPLP - e que, porventura, não terá até ao momento sido apropriada pela cidade e pelas comunidades de língua portuguesa com o destaque que merece.

Importante para as comunidades lusófonas e para a cidade de Lisboa em qualquer momento ou contexto, este projecto reveste-se no entanto de um significado e de uma oportunidade muito especiais no ano de 2008, em que Lisboa recebe a VIII Cimeira de Chefes de Estado da CPLP, na qual Portugal assume a Presidência dessa organização, em que a Europa comemora o Ano do Diálogo Intercultural. Sendo sabido que um dos principais elementos na base da formação da metrópole intercultural que Lisboa é hoje, é justamente a presença no seu território urbano das numerosas comunidades oriundas dos países de Língua Portuguesa.

Num outro plano, igualmente digno de realce, é também em 2008 que passa o cinquentenário da morte de um dos mais notáveis vultos da música e da cultura caboverdiana e lusófona de todos os tempos, B.Léza, que inclusivamente viveu durante um período importante da sua vida no bairro que agora acolhe as “Lusofonias” e onde ainda hoje, a comunidade caboverdiana é referência essencial de identidade.

Pretende-se, neste regresso das “LUSOFONIAS” a Lisboa, agora em formato ampliado, lançar as bases para a estabilização da iniciativa, com periodicidade anual e com uma cada vez mais ampla participação popular, para que ele faça jus ao subtítulo que escolhemos para esta 2ª edição e se transforme progressivamente num momento e espaço de Culturas em Comunidade.

O projecto, criado pela ETNIA é apoiado por várias organizações e entidades em vários países da CPLP, e promovido em colaboração estreita com a Junta de Freguesia de Santa Catarina e com o Centro Interculturacidade (um espaço comunitário criado em 2004 com o objectivo de valorizar a diversidade cultural enquanto factor de inclusão social ao nível local).